quarta-feira, novembro 16, 2005

VISEU
VISEU

VISEU

TERMAS DE S. PEDRO DO SUL
VOUZELA

A FANTÁSTICA REGIÃO DO DÃO - LAFÕES
Este fim-de-semana que passou tive, finalmente, uns diazinhos (poucos) de férias. E para onde é que eu fui? Para a minha região favorita deste nosso Portugal pequenino - A região de Lafões e Dão... como quem diz - Santa Cruz da Trapa, Viseu, São Pedro do Sul (Termas) e Vouzela.
Que périplo maravilhoso.
De Viseu, guarda-se a magia da cidade, com as suas ruas estreitas e escuras, as casas brasonadas, as Igrejas e o Museu Grão-Vasco. E os cheiros e os sons da Rua Direira (que mais torta não podia ser); a comida do restaurante Casablanca, os bolos "Viriato" da Pastelaria Amaral e os pastéis de feijão da Pastelaria Lobo.
Tem-se tempo ainda para se ver os azulejos do largo da Câmara e passear um pouco no jardim municipal. Ali respira-se história, vive-se qualidade e estica-se o tempo.
Das Termas de São Pedro do Sul, a "Sintra das Beiras" como alguém já chamou, e a própria vila de São de Pedro do Sul, além da inúmera familia que por lá tenho (assim como em Viseu, Vouzela ou Santa Cruz da Trapa), tenho o rio, o verde, a magia da fonte das águas termais e as memórias de férias passadas, já longiquas.
Guardo na memória a casa do Tio Bandeira, onde o conforto e o convivio estavam (e ainda estão) presentes como em nenhum outro lado. Encontrava-se a lareira sempre acessa se estivesse frio, as risadas bem dispostas da Tia Júlia, a graça discreta do primo Lú, a graça nada discreta da prima Ana, a beleza da prima Tona, com os seus cigarros de mentol, e a extroversão da Prima Lena. Se estivesse a Tia Clarinha e o Tio Gaspar, então ninguém almoçava. As histórias eram muitas, a minha curiosidade nunca satisfeita e nunca cansado de os ouvir, os lábios sempre sorrindo e a garganta?!... gargalhando. Tudo à roda de uma mesa, bem atestada de óptimas iguarias e vinho.
Vem-me à lembraça os almoços anuais de Verão, no Hotel Vouga, com as primas e a Tia Mi, vindas do Porto. Apareciam os meus avós e a minha Tia Bibi.
Lá vinha a tradicional entrada - "cocktail" de Camarão - que punha logo o meu pai de cabelos em pé com medo das intoxicações... sim, porque o calor era muito... refrigeração usada?... meia-dúzia de ventoinhas a bufar ar quente para cima das mesa. Depois vinha a típica Vitela de Lafões, Sumol de Laranja para os "garotos" e vinho para os mais velhos.
As saídas nocturnas com os amigos ao Bon d'Jau, um bar à beira rio, único, onde todos se encontravam; ouvia-se música, normalmente ao vivo, jogava-se bilhar, setas ou Trivial Pursuit (do qual sou viciado assumido), ou simplesmente conversava-se. A discoteca Pecados, uma piolheira, era logo a 3 minutos dali... all night long....
E Vouzela... Ai aqueles pasteis de Vouzela.... são o melhor pecado que conheço.... pelo menos o mais doce é, de certeza. E as Igrejas, a ponto do comboio, alta, majestosa, quase a fazer lembrar o Aqueduto das Águas Livres de Lisboa. E o restaurante Regalinho.... que pançada...
De Santa Cruz da Trapa não vos falo já... melhor não trazer para fora todas as memórias e recordações de uma vez só... cada uma que se puxa sai com esforço. Sinal de tempos passados felizes...

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