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sexta-feira, abril 28, 2006

CRONOLOGIA GLÍCINIA QUARTIN



1951 -Estreia com Roberto e Melisandra texto e enc. Tomás Ribas - Grupo de Teatro Experimental - Teatro da Rua da Fé "Glicínia Quartin uma ingénua dramática de grandes possibilidades." - in Século Ilustrado
1951 - O Julgamento de Marsyas, enc. Claude-Henri Frèches - Liceu Francês L'Aiglon, de Edmond Rostand enc. Claude-Henri Frèches - Liceu Francês
1951 – Estreia com Roberto e Melisandra texto e enc. Tomás Ribas – Grupo de Teatro Experimental – Teatro da Rua da Fé "Glicínia Quartin uma ingénua dramática de grandes possibilidades." – in Século Ilustrado. O Julgamento de Marsyas , enc. Claude-Henri Frèches – Liceu Francês - L'Aiglon, de Edmond Rostand enc. Claude-Henri Frèches – Liceu Francês - Crime e Castigo de Rodney Ackland, enc. Amélia Rey Colaço e Robles Monteiro – Teatro Nacional D. Maria II (estagiária)
1953 – Quem tem farelos? de Gil Vicente, enc. Tomás Ribas – Teatro da Rua da Fé (na Casa da Comarca de Arganil) - Auto de S. Martinho de Gil Vicente, enc. Tomás Ribas – Teatro da Rua da Fé (na Casa da Comarca de Arganil) O Velho Ciumento de Cervantes, enc. Tomás Ribas – Teatro da Rua da Fé (na Casa da Comarca de Arganil) - Lágrimas de Nossa Senhora de Da Todi, enc. Tomás Ribas – Teatro da Rua da Fé (na Casa da Comarca de Arganil)
1954 – O Dia Seguinte de Luís Francisco Rebelo, enc. Paulo Renato – Grupo Cénico da Sociedade Guilherme Cossoul
1957 – A Farsa de Inês Pereira de Gil Vicente, enc. Jacinto Ramos – Teatro Experimental de Lisboa
1958 – Se Amanhã Fosse Hoje de Carlos Avilez, enc. Carlos Avilez – Casa de Espanha
Ainda no período pré-profissional, Glicínia Quartin passou pelo teatro televisivo, onde, com o Teatro Experimental de Lisboa representou:
1952 – Guerras de Alecrim e Manjerona de António José da Silva, direcção de Pedro Bom - Auto da Alma de Gil Vicente, direcção de Pedro Bom - Frei Luís de Sousa de Almeida Garrett, direcção de Nuno Fradique e Pedro Bom - A Menina Tonta de Lope de Vega, direcção de Pedro Bom - Fidalgo Aprendiz de Francisco Manuel de Melo, direcção de Pedro Bom "Começa-se a saber-se que Glicínia Quartin é uma atriz portentosa." – in Século Ilustrado. O Burguês Fidalgo de Molière, direcção de Pedro Bom
1959 – As Duas Barcas de D. João da Câmara, direcção de Pedro Bom
1960 – Nas Covas de Salamanca de Cervantes, direcção de Artur Ramos
Como profissional:
No Teatro Experimental do Porto:
1965 – Os Burossáurius de Silvano Ambrogi (tradução de Glicínia Quartin), enc. João Guedes - O Auto da Índia de Gil Vicente, enc. Carlos Avilez - O Auto da Feira de Gil Vicente, enc. Carlos Avilez - A Barca do Inferno de Gil Vicente, enc. Carlos Avilez No Teatro Estúdio de Lisboa:
1965 – Ele, Ela e os Complexos de Jean Bernard Luc, enc. de Luzia Maria Martins - Mesas Separadas de Terence Rattigan, enc. de Luzia Maria Martins "Glicínia Quartin evidencia, uma vez mais, os seus inegáveis dotes de comediante, afirmando-se como um valor que o teatro sério em Portugal, nem deve perder sem crime e sem remorso." – in Diário Popular Teatro.
No Teatro Experimental de Cascais:
1966 – Casa de Bernarda Alba de Garcia Lorca, enc. de Carlos Avilez - O Mar de Miguel Torga, enc. de Carlos Avilez "As episódicas mas fulgurantes vindas de Glicínia Quartin à cena." – in Diário Popular. A Maluquinha de Arroios de André Brun, enc. de Carlos Avilez "Reune às suas invulgares qualidades de comediante a inteligência e o senso crítico." in Jornal do Comércio.
No Teatro Nacional D. Maria II:
1957 – O Pescador à Linha de Jaime Salazar Sampaio, enc. de Artur Ramos "Glicínia Quartin, um dos valores mais destacados dentro do meio experimental, soube ser de uma simplicidade notável." – in Diário Ilustrado.
1967 – Equílibrio Instável de Edward Albee, enc. Amélia Rey Colaço
1968 – As Três Perfeitas Casadas de Alejandro Casona, enc. Cayetano Luca de Tena - O Camarada Miussov de Valentin Kataiev, enc. Pedro Lemos
1969 – Os Visigodos de Jaime Salazar Sampaio, enc. de Artur Ramos - Esfera Facetada de Nuno Moniz Pereira, enc. Rogério Paulo - O Pecado de João Agonia de Bernardo Santareno, enc. Rogério Paulo
1970 – A Celestina de Fernando Rojas, enc. Cayetano Luca de Tena "Glicínia Quartin com uma admirável cena de alcova e sempre muito bem." – in Nova Antena.
No Grupo de Acção Teatral:
1970 – O Processo de Kafka de Gide-Barrault, enc. Artur Ramos
1971 – Sexta Feira às Quatro e Um Quarto de Willis Hall e Keith Waterhouse, enc. Armando Cortês - A Capital de Eça de Queirós, enc. Artur Ramos
Na Casa da Comédia:
1968 – Dias Felizes de Samuel Beckett, enc. de Artur Ramos - "A actriz mostra-nos um autêntico trabalho de criação…"
1977 – Saudades texto e enc. Ricardo Pais
1980 – Electra de Marguerite Yourcenar, enc. Filipe La Féria
1985 – Savanah Bay de Marguerite Duras, enc. Filipe La Féria
1990 – Teatro, Doce Teatro de Edward Radzinsky, enc. Fernando Heitor
N’Os Cómicos / Teatro da Trindade:
1978 – Ninguém (a partir de Frei Luís de Sousa), de Almeida Garrett, enc. Ricardo Pais e Nuno Carinhas
N’Os Bonecreiros:
1971 – O Circo Imaginário do Super Basílio de Beatrice Tanaka, enc. João Mota - A Grande Cegada , encenação colectiva
Na Cornucópia:
1973 – O Misantropo de Molière, enc. de Luís Miguel Cintra
1974 – Terror e Miséria no III Reich de Bertolt Brecht, enc. de Jorge Silva Melo e Luís Miguel Cintra
1975 – Pequenos Burgueses de Máximo Gorki, enc. Jorge Silva Melo
1976 – Ah Q de Jean Jourdheuil e Bernard Chartreux, enc. Luís Miguel Cintra Musicas Mágicas de Catherine Dasté (direcção)
1977 – Casimiro e Carolina de Odon Von Horvath, enc. de Cristina Reis, Jorge Silva Melo e Luís Miguel Cintra
1986 – Pai de August Strindberg, enc. Anne Consigny
1993 – Primavera Negra de Raul Brandão, enc. de Luís Miguel Cintra
Sete Portas de Botho Strauss, enc. de Luís Miguel Cintra
1994 – Triunfo do Inverno de Gil Vicente, enc. de Luís Miguel Cintra
1996 – Barba Azul de Jean-Claude Biette, enc. de Christine Laurent
1998 – Um Sonho de August Strindberg, enc. de Luís Miguel Cintra
1999 – Afabulação de Pier Paolo Pasolini, enc. de Luís Miguel Cintra
2001 – O Novo Menoza de Jacob Lenz, enc. de Luís Miguel Cintra
2002 – O Colar de Sophia de Mello Breyner Andresen enc. de Luís Miguel Cintra
2003 – Anatomia Tito Queda de Roma de Heiner Müller, enc. de Luís Miguel Cintra
2004 – A Família Schroffenstein de Kleist, enc. de Luís Miguel Cintra
Participação em Produções Independentes:
1971 – As Criadas de Jean Genet, enc. de Vitor Garcia (Teatro Experimental de Cascais)
Emílio e os Detectives de Erich Kastner, enc. Glicínia Quartin (Teatro Jovem Espectador – Teatro Vilaret)
1981 – Casamento Branco de Tadeusz Rozewicz, enc. Fernanda Lapa (Companhia Nacional 1 – Teatro Popular)
1984 – Abel, Abel de Augusto Sobral, enc. de Rogério Vieira (Teatro do Bairro Alto)
1987 – À Procura do Presente texto e enc. de Adolfo Gutkin (IFICT)
1988 – Quarteto de Heiner Müller, enc. Jorge Silva Melo (Encontros Acarte 1988)
1984 – Madalena Lê uma Carta de Jaime Salazar Sampaio, enc. Rogério de Carvalho (Teatro do Bairro Alto)
1992 – Inverno de 45 de Michel Deutsch, enc. Jorge Castro Guedes (Teatro da Trindade)
1995 – Rosa, Minha Querida Rosa de Josette Boulva e Marie Gatard, enc. de João Canijo (Teatro Nacional D. Maria II)
1999 – O que é feito de Betty Lemon? de Arnold Wesker, enc. de Manuel Cintra (Centro Cultural de Belém) Mainstream pelo Pogo Teatro (Centro Cultural de Belém)
No cinema:
1962 – D. Roberto de Ernesto de Sousa "Dá-nos a conhecer uma nova actriz dramática que vai causar sensação: Glicínia Quartin " – in Diário Popular
1964 – Crime de Aldeia Velha de Manuel Guimarães
1977 – Antes do Adeus de Rogério Ceitil
1978 – Histórias Selvagens de António Campos
1980 – Passagem ou A Meio Caminho de Jorge Silva Melo
1981 – Conversa Acabada de João Botelho
1984 – Ninguém Duas Vezes de Jorge Silva Melo
1987 – O Bobo de José Álvaro Morais
1988 – Agosto de Jorge Silva Melo - O Mistério da Boca do Inferno de José Pina
1990 – Um Passo, Outro Passo e Depois... de Manuel Mozos
1993 – Coitado do Jorge de Jorge Silva Melo 1993 – Longe daqui de João Guerra
1994 – A Caixa de Manoel de Oliveira
1995 – A Comédia de Deus de João César Monteiro - Sinais de fogo de Jorge de Sena, real. Luís Filipe Rocha
1999 – Morte Macaca, (cm)de Jeanne Waltz
2000 – António, um Rapaz de Lisboa, de Jorge Silva Melo
2004 – Conversas com Glícinia, de Jorge Silva Melo
Prémios:
1966 – Prémio Revelação da Casa da Imprensa, Maluquinha de Arroios
1968 – Prémio Nacional Lucinda Simões, com Dias felizes – (SNI)
1972 – Prémio da Crítica, com As Criadas
1992 – Nomeação para Prémio de Teatro da Secretaria de Estado da Cultura
1997 – Nomeação para o Prémio Bordalo da Casa da Imprensa "Distingue-se Glicínia Quartin, de temperamento dramático ímpar, pondo toda a sua sensibilidade de mulher e de artista da arte de interpretação." "… ficou a perder a biologia, parabéns ao teatro." "Enquanto existirem artistas da craveira intelectual da Glicínia Quartin não será possível que o teatro em Portugal se deixe adormecer" – in República.
Com os Artistas Unidos:
1997 – O Fim ou Tende Misericórdia de Nós, de Jorge Silva Melo (Culturgest/Litografia de Portugal)
2004 – Terrorismo, dos Irmãos Presniakov, encenação de Jorge Silva Melo – Teatro Taborda. Não Posso Adiar o Coração, de António Ramos Rosa, Mário Cesariny e outros – Sala do Senado Assembleia da República - Conversas com Glícina, de Jorge Silva Melo.
Morreu actriz Glicínia Quartin aos 81 anos
A actriz Glicínia Quartin morreu hoje em Lisboa aos 81 anos, deixando um legado de mais de 50 anos em teatro, cinema e televisão, uma carreira premiada várias vezes e condecorada pela Presidência da República.
O corpo da actriz, que morreu na sua casa de Lisboa, vai estar na capela do Cemitério dos Prazeres a partir das 12:00 de sexta-feira e o funeral realiza-se sábado às 11:00, noticiou o Público.pt, citando fonte familiar.
Glicínia Quartin nasceu em Lisboa em 1924, filha de um jornalista e de uma professora primária, e licenciou-se em Ciência Biológicas na Faculdade de Ciências de Lisboa, em 1954, trabalhando nessa área científica durante sete anos, com passagem pela Noruega, Dinamarca e Inglaterra.
Durante esse período, Glicínia Quartin foi sempre fazendo teatro, até que, depois da sua estreia cinematográfica em 1962, com «D. Roberto» de Ernesto de Sousa, decidiu dedicar-se definitivamente às artes de palco, frequentando um curso de teatro em Roma.
Na sua carreira, trabalhou com realizadores como Manuel de Oliveira, em «A Caixa», João Botelho em «Conversa Acabada», João César Monteiro em «A Comédia de Deus», Jorge de Sena em «Sinais de Fogo» e Jorge Silva Melo, em «António, um Rapaz de Lisboa».
No teatro, iniciou uma carreira profissional em 1965, no Teatro Experimental do Porto, tendo passado por várias companhias de Lisboa, como a Casa da Comédia, Teatro da Trindade, Teatro Nacional D.
Maria II, Grupo de Acção Teatral, Cornucópia ou Teatro Experimental de Cascais.
Com o último grupo teatral a que pertenceu, os Artistas Unidos, Glicínia Quartin representou em «O Fim ou tende misericórdia de nós», de Jorge Silva Melo, «Terrorismo», dos irmãos Presniakov e «Não Posso Adiar o Coração», de António Ramos Rosa.
Jorge Silva Melo foi o responsável por «Conversas com Glicínia», um documentário exibido na RTP por ocasião do 80º aniversário da actriz, no mesmo ano em que recebeu a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique do então presidente da República, Jorge Sampaio, em reconhecimento pelo »seu talento e do muito que fez pelo teatro português«.
Num texto que acompanhou a exibição de «Conversas com Glicínia», Jorge Silva Melo afirmou que «é de liberdade que nos fala a sua carreira e a sua arte, nunca fixa a esquemas convencionais, nunca seguindo receitas estabelecidas, sempre discretamente aventureira, sempre surpreendida, sempre fiel aos princípios de resistente em que foi formada».