terça-feira, abril 27, 2010

Exposição de Isabelle Faria na Galeria 111 - Lisboa - Rua Dr. João Soares, a Entrecampos












Nasceu em Saint-Maurdes Fossés, França, 1973
Vive e trabalha em Lisboa

Licenciada em Pintura e Escultura na Faculdade de Belas-Artes de Lisboa, em 1998 e 2002, respectivamente, completa o Mestrado em Artes Plásticas na Central Saint Martins School em 2003. Desde 1998 que expõe individualmente, de onde se destacam: Self-Substituting Subject (2004), Galeria 111, Lisboa; Where We Used to Live - Luxury (2006), Galeria 111, Porto; What We Want is What We Get - Vanity (2007), Pavilhão Branco do Museu da Cidade, Lisboa; Six Months One Place - Sublime Envy (2009), In My Room Space, Paris. Das exposições colectivas em que participou desde 1997, destacam-se: Three Different Generations (2003), Charing Cross Studios, Londres; O Espelho de Ulisses (2006), Centro de Arte São João da Madeira; À Volta do Papel - 100 Artistas (2008), Centro de Arte Manuel de Brito, Algés.

O seu trabalho está representado em diversas colecções públicas e privadas, tais como: Colecção Manuel de Brito, Sociedade Nacional de Farmácias de Lisboa, Museu da Cidade de Lisboa, PLMJ e Associados.

ISABELLE FARIA Monopoly World - Sloth Lisboa Abril 2010

A mais recente exposição de Isabelle Faria dá seguimento à sua investigação muito própria em torno dos sete pecados capitais. A preguiça dá o mote para Monopoly World – Sloth, presente na Galeria 111 – Lisboa, entre 22 de Abril e 12 de Junho de 2010.

Os desenhos de ambíguos animais antropomórficos – mochos, águias, cães, abutres,
chimpanzés e orangotangos – surgem em posses próprias dos seres humanos. Estes
animais confrontam-nos com algo, simultaneamente, ameaçador e sedutor: o poder. Ao
empunharem armas mortíferas, ao vestirem roupas do século XVIII ou fardas militares e
policiais, estes animais revelam a possível ligação entre a preguiça e os poderes instituídos.

De um modo geral, as pessoas quando estão sob a protecção de um poder dominante
tendem em descansar e não fazer nada. Deste modo, não aproveitam para construir e,
idealmente, edificar um mundo melhor. Ironicamente, os desenhos assemelham-se a
fábulas em que o uso de animais serve moralmente para nos ensinar algo mais sobre a
nossa vida. Prescindindo da liberdade e do empreendimento somos dominados e
protegidos pelos animais. Esta dualidade coloca-nos perante um pecado de difícil escape.

O jogo vivido pela actualidade mundial parece ser monopolizado por algo insuperável.
Contudo, nas obras que a artista nos apresenta, a preguiça poderá ser transcendida e
transgredida por cada um de nós, sem nunca esquecer que esta batalha é exclusivamente
contra nós próprios, na medida em que somos o nosso próprio inimigo.

1 comentário:

Luísa Borralho disse...

Excelente trabalho...Vale a pena uma visita demorada!