A Bíblia – Toda a Palavra de Deus (Sintetizada), é a mais recente produção teatral do Teatro-Estúdio Mário Viegas, com encenação, uma vez mais, de Juvenal Garcês. A interpretação está a cabo de João Craveiro, Tobias Monteiro (ambos presentes também na peça As Vampiras Lésbicas de Sodoma, em cena aos Domingos, pelas 21 horas) e Paulo Duarte Ribeiro.
A tradução ficou a cabo de Célia Mendes (tradutora, entre outras, das Obras Completas de William Shakespeare em 97 minutos, em cena há 11 anos, e que pode ser (re)vista Segundas e Terças às 21 horas) e os figurinos estiveram a cabo de Ana Brum.
Os autores? Os mesmos das Obras Completas de William Shakespeare em 97 minutos.
Mais uma vez a Companhia Teatral do Chiado mostrou que é mestre na arte da comédia em Portugal (que outro teatro em Portugal tem, simultaneamente, três peças em cena e todas comédias?), perpetuando assim o espírito e, arrisco-me a dizê-lo, a vontade de Mário Viegas.
Espectáculo em dois actos, onde no primeiro desfilam - num ritmo alucinante e muito muito musical - os principais acontecimento do Antigo Testamento e, no segundo acto, os do Novo Testamento.
Juvenal Garcês poderia ter caído em banalidades de graças fáceis e ofensivas na concepção do espectáculo. Mas o que se nos depara é o contrário. Um humor altamente inteligente, subtil, que tem por trás um trabalho de leitura, pesquisa e discussão de alguns dos mais importantes episódios bíblicos... sempre com muita, mas mesmo muita graça.
Os três actores (que têm também um outro espectáculo, que esteve já em cena no Teatro-Estúdio Mário Viegas – Lost In Space (Perdidos no Espaço)) compõem um só corpo (uma Santíssima Trindade que resulta numa unidade perfeita) em palco. Estão os três numa perfeita sintonia quer em talento de representação, quer no à-vontade da improvisação ou na estruturação das graças, que nos deixam num estado de Graça total.
De entre todos os episódios apresentados durante o espectáculo, saliento – mas é discutível – o Rei Mago e a Maria de João Craveiro (Eu gosto mesmo é de rir... gosto de rir...), o Anjinho Gabriel (ou Gabi para os amigos) - com as suas asas hand-made pela Joana de Vasconcellos - e a Rainha Tia de Paulo Duarte Ribeiro, o Jesus e o Abrão de Tobias Monteiro.
A cena do David e Golias é algo de GENIAL.
De quando em quando uma notável selecção musical acompanha o espectáculo, onde os próprios actores entoam temas bíblicos (grande voz a de Paulo Duarte Ribeiro... a imitação da Cátia Moita é extraordinária) e onde podemos deleitar-nos auditivamente com as composições melodiosas escritas e tocadas por João Craveiro num órgão.
A última palavra deve ir para Ana Brum que construiu todo um corpo de adereços e figurinos divertidíssimos e que resultam na perfeição. O que são aquelas roupas dos Reis Magos???!!! Muito bom.
A Árvore da Vida (ou do Conhecimento) é figura central e permanente ao longo da peça. A Ana Brum a sua criadora.
Resumindo, se quer um espectáculo excitante como a Eva, imprevisível como o Adão e desconcertante como a Serpente, tem de ver A BÍBLIA – TODA A PALAVRA DE DEUS (SINTETIZADA). Três horas de humor puro e duro, inteligente e incisivo. Três horas de muita e boa música. Três horas em que Deus e o Diabo sentam-se lado a lado e riem... muito... porque eles gostam mesmo é de rir... é como eu.... gosto de rir.
E vocês sabiam que um dia podem ser pombos mas no outro dia podem ser estátua? Reflictam.
Ah... há interacção com o público.
Parabéns CTC, João, Tobias e Paulo, Juvenal, Ana, Marta (o João), técnicos, Célia e todos os Santos e Santas.
Amén... ou à Mãe...
A Bíblia – Toda a Palavra de Deus (Sintetizada) – Teatro-Estúdio Mário Viegas – de Quinta a Sábado, 21 horas.
A tradução ficou a cabo de Célia Mendes (tradutora, entre outras, das Obras Completas de William Shakespeare em 97 minutos, em cena há 11 anos, e que pode ser (re)vista Segundas e Terças às 21 horas) e os figurinos estiveram a cabo de Ana Brum.
Os autores? Os mesmos das Obras Completas de William Shakespeare em 97 minutos.
Mais uma vez a Companhia Teatral do Chiado mostrou que é mestre na arte da comédia em Portugal (que outro teatro em Portugal tem, simultaneamente, três peças em cena e todas comédias?), perpetuando assim o espírito e, arrisco-me a dizê-lo, a vontade de Mário Viegas.
Espectáculo em dois actos, onde no primeiro desfilam - num ritmo alucinante e muito muito musical - os principais acontecimento do Antigo Testamento e, no segundo acto, os do Novo Testamento.
Juvenal Garcês poderia ter caído em banalidades de graças fáceis e ofensivas na concepção do espectáculo. Mas o que se nos depara é o contrário. Um humor altamente inteligente, subtil, que tem por trás um trabalho de leitura, pesquisa e discussão de alguns dos mais importantes episódios bíblicos... sempre com muita, mas mesmo muita graça.
Os três actores (que têm também um outro espectáculo, que esteve já em cena no Teatro-Estúdio Mário Viegas – Lost In Space (Perdidos no Espaço)) compõem um só corpo (uma Santíssima Trindade que resulta numa unidade perfeita) em palco. Estão os três numa perfeita sintonia quer em talento de representação, quer no à-vontade da improvisação ou na estruturação das graças, que nos deixam num estado de Graça total.
De entre todos os episódios apresentados durante o espectáculo, saliento – mas é discutível – o Rei Mago e a Maria de João Craveiro (Eu gosto mesmo é de rir... gosto de rir...), o Anjinho Gabriel (ou Gabi para os amigos) - com as suas asas hand-made pela Joana de Vasconcellos - e a Rainha Tia de Paulo Duarte Ribeiro, o Jesus e o Abrão de Tobias Monteiro.
A cena do David e Golias é algo de GENIAL.
De quando em quando uma notável selecção musical acompanha o espectáculo, onde os próprios actores entoam temas bíblicos (grande voz a de Paulo Duarte Ribeiro... a imitação da Cátia Moita é extraordinária) e onde podemos deleitar-nos auditivamente com as composições melodiosas escritas e tocadas por João Craveiro num órgão.
A última palavra deve ir para Ana Brum que construiu todo um corpo de adereços e figurinos divertidíssimos e que resultam na perfeição. O que são aquelas roupas dos Reis Magos???!!! Muito bom.
A Árvore da Vida (ou do Conhecimento) é figura central e permanente ao longo da peça. A Ana Brum a sua criadora.
Resumindo, se quer um espectáculo excitante como a Eva, imprevisível como o Adão e desconcertante como a Serpente, tem de ver A BÍBLIA – TODA A PALAVRA DE DEUS (SINTETIZADA). Três horas de humor puro e duro, inteligente e incisivo. Três horas de muita e boa música. Três horas em que Deus e o Diabo sentam-se lado a lado e riem... muito... porque eles gostam mesmo é de rir... é como eu.... gosto de rir.
E vocês sabiam que um dia podem ser pombos mas no outro dia podem ser estátua? Reflictam.
Ah... há interacção com o público.
Parabéns CTC, João, Tobias e Paulo, Juvenal, Ana, Marta (o João), técnicos, Célia e todos os Santos e Santas.
Amén... ou à Mãe...
A Bíblia – Toda a Palavra de Deus (Sintetizada) – Teatro-Estúdio Mário Viegas – de Quinta a Sábado, 21 horas.
2 comentários:
eu gosto mesmo é de rir! barrigadas de riso!!! bjos enormes do rei mago Gaspar ( o que ri ri ri.. ) lol!!
Rei Mago Gaspar, tu gostas mesmo é de rir!...Mas há que ter cuidado com a Salomé!...
O Irmão Daniel escreve muito bem, e gosta mesmo é de rir!...
Muito bom!...
Beijinhos
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