quarta-feira, julho 04, 2007

Álbum inédito de Amália editado até final do ano



Um álbum inédito de Amália Rodrigues deverá ser editado antes do final do ano. Sem especificar conteúdo e datas, José Serrão, director-geral da Som Livre, precisou à Lusa que este "álbum de inéditos" será editado com o selo Som Livre/Valentim de Carvalho (SL/VC), fruto do acordo de associação assinado pelas duas empresas em Março.

"Há ainda um outro álbum inédito de Amália e muitos temas que não conheceram a luz do dia. Como se sabe, Amália gostava de gravar, e gravou muito, por isso ainda há muitas coisas suas desconhecidas e que estão agora a ser encontradas", assinalou. Sem dar pormenores, José Serrão referiu que na calha da nova parceria SL/VC poderá estar a integral do espectáculo no Olympia de Paris, na Primavera de 1956, de que a versão editada é apenas uma parte. "Gravava-se em grandes bobinas e nem sempre sabemos tudo o que uma bobina contém. Neste momento na Valentim de Carvalho está a fazer-se a conferência das fichas de gravação de estúdio com as de produção, de modo a conhecer tudo o que há", explicou.

Existe já um disco de gravações inéditas de Amália realizadas entre 1965 e 1975, encontradas nos arquivos da VC . O álbum intitula-se Segredo e foi editado em 1997, sob o acordo que então ainda ligava a VC à EMI.

Entre os inéditos de Amália Rodrigues, falecida a 6 de Outubro de 1999, estará também o concerto da fadista na Aula Magna em 1983, aquando da actuação de António Variações, que fez a primeira parte do espectáculo. "A segunda parte do espectáculo foi preenchida por Amália Rodrigues, por quem o cantor nutria uma grande admiração e amizade, razão pela qual a editora Valentim de Carvalho enviou um estúdio móvel e gravou o espectáculo", indicou à Lusa fonte daquela.

Na opinião de José Serrão, o fundo de catálogo da VC "é ainda apetecível e guarda outras surpresas", sendo capaz de gerar "receitas interessantes", segundo estudos feitos pela Som Livre. Alfredo Marceneiro, Lucília do Carmo, António Menano e Hermínia Silva são outros nomes passíveis de ter "coisas desconhecidas e nunca editadas".

Maria Clara é outro nome referido, de quem Serrão garante que, "se não se lembrarem bem do nome, reconhecem de imediato as canções". "Vender entre 500 e 1000 discos de Maria Clara por ano é um valor interessante e deve haver discos seus disponíveis", observou.
Diário de Notícias - 04 de Julho de 2007

2 comentários:

Anónimo disse...

Quelle bonne nouvelle ! J'espère que sur cet album il y aura « Soledad » de Cecilia Meireles et Alain Oulman ...

Philippe (Toulouse, França)

Anónimo disse...

espero que apareça essa fantástica musica SOLEDAD de que só consegui ouvir uns breves momentos(de prazer) antº levy