Portugal e as mais amplas liberdades
Dom Vasco Teles da Gama *
Em plena euforia resultante do mundial de futebol, celebrou-se este mês mais um dia de Portugal, uma vez mais fora de Lisboa, talvez para, a pretexto de descentralizar, se evitarem confusões entre as comemorações oficiais e a homenagem que ocorre todos os anos em Lisboa aos milhares de Portugueses que, no último século, morreram por Portugal.
Que espantosa diferença entre o que se passa, por exemplo, na monarquia inglesa e o vergonhoso complexo que as autoridades portuguesas manifestam pelos seus mortos, talvez ainda fruto de uma já velha revolução, cujo significado começa, para os mais jovens, a perder-se entre as brumas da memória… É que estes mortos eram portugueses e foi por Portugal, a mando dos políticos que então exerciam o poder, que combateram, como muitos antes deles, para que, melhor ou pior, o seu País continue a existir, nove séculos depois de ter sido fundado por D. Afonso Henriques e um punhado de antepassados nossos, que no seu tempo morreram também, pela mesma causa.
Entretanto, os que agora mandam entretêm-se a sufocar a nossa agricultura e pescas às ordens de Bruxelas, mais interessada em criar mercado de consumidores para os excedentes de países mais poderosos e ricos, do que em promover as nossas. Continuam a reformar as escolas, agora com a peregrina ideia de submeter os professores ao juízo dos pais dos alunos corrécios, o mais das vezes analfabetos, até à iliteracia e indigência totais. Em resultado de anos de incompreensíveis e inacessíveis restrições no acesso às faculdades de medicina, importam-se agora médicos castelhanos, porque os que por cá se formaram nos últimos trinta anos, não chegam para as encomendas.
Para cúmulo, o parlamento livremente eleito e garante, como foi amplamente propalado, das mais amplas liberdades para o povo, ocupa-se, segundo moda importada, a promover uma legislação que equipara os fumadores aos leprosos da Idade Média! A tentação totalitária do poder, mesmo em democracia, gera estes tiques impensáveis, no que toca às regras de conduta. Querem meter o bedelho em tudo e com o avanço da tecnologia, se não reagirmos, desconfio que acabamos todos com um chip atrás da orelha e comportamentos padronizados (Já começaram com as ovelhas e as vacas…). Depois do acosso ao tabaco e ao álcool, a pretexto do terrorismo e do ambiente, só Deus sabe quantas proibições irão ainda passar por aquelas indigentes e prepotentes cabecinhas…
A republica está velha, caduca e autoritária e já não é garante nem das mínimas liberdades.
Viva Portugal, Livre e Eterno!
* Nota: o texto publicado é da exclusiva responsabilidade do autor.
In, Diário Digital
Dom Vasco Teles da Gama *
Em plena euforia resultante do mundial de futebol, celebrou-se este mês mais um dia de Portugal, uma vez mais fora de Lisboa, talvez para, a pretexto de descentralizar, se evitarem confusões entre as comemorações oficiais e a homenagem que ocorre todos os anos em Lisboa aos milhares de Portugueses que, no último século, morreram por Portugal.
Que espantosa diferença entre o que se passa, por exemplo, na monarquia inglesa e o vergonhoso complexo que as autoridades portuguesas manifestam pelos seus mortos, talvez ainda fruto de uma já velha revolução, cujo significado começa, para os mais jovens, a perder-se entre as brumas da memória… É que estes mortos eram portugueses e foi por Portugal, a mando dos políticos que então exerciam o poder, que combateram, como muitos antes deles, para que, melhor ou pior, o seu País continue a existir, nove séculos depois de ter sido fundado por D. Afonso Henriques e um punhado de antepassados nossos, que no seu tempo morreram também, pela mesma causa.
Entretanto, os que agora mandam entretêm-se a sufocar a nossa agricultura e pescas às ordens de Bruxelas, mais interessada em criar mercado de consumidores para os excedentes de países mais poderosos e ricos, do que em promover as nossas. Continuam a reformar as escolas, agora com a peregrina ideia de submeter os professores ao juízo dos pais dos alunos corrécios, o mais das vezes analfabetos, até à iliteracia e indigência totais. Em resultado de anos de incompreensíveis e inacessíveis restrições no acesso às faculdades de medicina, importam-se agora médicos castelhanos, porque os que por cá se formaram nos últimos trinta anos, não chegam para as encomendas.
Para cúmulo, o parlamento livremente eleito e garante, como foi amplamente propalado, das mais amplas liberdades para o povo, ocupa-se, segundo moda importada, a promover uma legislação que equipara os fumadores aos leprosos da Idade Média! A tentação totalitária do poder, mesmo em democracia, gera estes tiques impensáveis, no que toca às regras de conduta. Querem meter o bedelho em tudo e com o avanço da tecnologia, se não reagirmos, desconfio que acabamos todos com um chip atrás da orelha e comportamentos padronizados (Já começaram com as ovelhas e as vacas…). Depois do acosso ao tabaco e ao álcool, a pretexto do terrorismo e do ambiente, só Deus sabe quantas proibições irão ainda passar por aquelas indigentes e prepotentes cabecinhas…
A republica está velha, caduca e autoritária e já não é garante nem das mínimas liberdades.
Viva Portugal, Livre e Eterno!
* Nota: o texto publicado é da exclusiva responsabilidade do autor.
In, Diário Digital
1 comentário:
Será apenas culpa do poder político, ou também dos que não exercem directamente esse poder (ou povo, como lhe quiserem chamar)? Ou não será apenas consequência da caminhada civilizacional?
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