terça-feira, junho 06, 2006

Tributo a Natália de Andrade


Não é a mulher-a-dias a insinuar-se ao fotógrafo, nem a nova colecção da Lidija Kolovrat. Bem, talvez pareça uma empregada doméstica, pois desempenha certas funções do mesmo modo – esta senhora esfrega o tutano, limpa muito bem o juízo e desemtope os ouvidos de quem lhe escuta os vibratos, tenham estes a cera que tiverem. Em pose muito digna, com um sorriso encantador, ela não é senão a incomparável, diva, Natália de Andrade.
Intérprete de clássicos sem tempo, como "O nosso amor é verde" e "A noite", a cantora lírica procurou obter sucesso na década de 80, sem arrecadar os melhores elogios por terras lusas. Já em Barcelona seria aplaudida pela arte da voz que daria a conhecer aos catalães "belas canções da sua terra". E se dúvidas subsistem quanto à qualidade excepcional da "Maria Callas portuguesa", há que escutar O Rouxinol (mp3). De novo a sua música pinta um quadro de graciosos prazeres bucólicos, com esta uma das preferidas do autor deste post, o mesmo que terá, segundo ditos, uma bela curvatura numa dada região do nariz.

3 comentários:

Anónimo disse...

Tirando a parte do vibrato de um tom, a voz desafinada e estridente...era óptima mesmo xD

Anónimo disse...

A Dona Natália de Andrade pode causar alguma perplexidade aos ouvidos inexperientes, porque é uma artista tão singular e insólita. Mas passada essa estranheza inicial, o talento da senhora cresce em nós. O tempo vai ser generoso com ela.

Flávio
www.emma49.blogspot.com

João Gomes disse...

existe um documentário feito sobre a senhora. O DVD saíu agora:

http://www.nataliaadivatragicomica.blogspot.pt/