Ontem, quinta-feira, dia 20, pelas 19 horas, a Cinemateca de Bérnard da Costa passou o filme MEDEA, de Pier Paolo Pasolini. A principal protagonista é MARIA CALLAS, único filme de toda a carreira da grande voz lírica.
Embora grande admirador de Pasolini - especialmente Saló e Decameron - nunca tinha visto o Medea. Talvez porque não se encontre no mercado nacional em DVD ou porque as televisões nunca o passaram... isto que eu saiba.
A surpresa foi grande e muito muito agradável.
Pasolini genial como sempre, com uma fotografia fora de série e figurinos deslumbrantes. E Maria Callas... bela, filmada de todos os ângulos, dando um estatuto intocável à sua personagem.
Se ainda não viu, não perca. Repete hoje, sexta-feira, às 19h e 30m, na Cinemateca, em Lisboa.
Pasolini e Callas... juntos.
"O encontro de Pasolini com Maria Callas (ficariam grandes amigos), deu-se à volta da MEDEIA de Eurípides, que também fora o ponto de partida de uma ópera de Cherubini, um dos grandes papéis da cantora. Mas em MEDEIA, Callas não canta e quase não fala. Filmado essencialmente em cenários naturais na Turquia, MEDEIA retoma o método de trabalho de ÉDIPO REI, porém com uma diferença fundamental: a tragédia não tem referentes modernos. Pasolini referiu-se ao filme nestes termos: “MEDEIA é uma mistura um pouco monstruosa de conto filosófico e intriga amorosa. Medeia vem de um mundo religioso e arcaico e chega a um mundo onde tudo é laico, moderno, refinado, culto. O drama nasce deste conflito.”
MEDEA Medeia de Pier Paolo Pasolinicom Maria Callas, Giuseppe Gentile, Massimo Girotti, Laurent Terzieff - França/Itália, 1969 - 118 min
1 comentário:
Imperdível!
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