A COMPANHIA TEATRAL DO CHIADO, ao Chiado, estreou ontem a sua mais recente peça: As Vampiras Lésbicas de Sodoma.
Trata-se de uma comédia brilhante, actual, altamente satirica e inteligente que mostra, mais uma vez, a genialidade que passa por aquela companhia fundada por Mário Viegas e Juvenal Garcês.
Simão Rubim, Rita Lello e Tobias Monteiro, encenados e dirigidos por Juvenal Garcês, dão uma interpretação extraordinária às suas personagens, sendo acompanhados por João Carracedo, Manuel Mendes e João Craveiro em palco.
São três cenas passadas em três momentos diferentes da história da humanidade; Antiguidade Clássica, Portugal na década dourada do Parque Mayer e Portugal na actualidade. O resto... o resto é melhor mesmo ir ver.
Mais uma vez a "banda sonora" escolhida por Juvenal Garcês é irrepreensivel e de uma enorme sensibilidade e inteligência.
A casa apresentou-se a abarrotar de gente terminando a actuação em enorme extâse, enchendo-se a sala de palmas.
Mais um grande sucesso garantido por esta companhia que, desde há dez anos para cá, mantem em cartaz as Obras Completas de William de Shakespeare em 97 minutos (mais coisa menos coisa).
Saia de casa e vá ao teatro.
'As Vampiras Lésbicas de Sodoma' à solta no Chiado - Diário de Noticias
Esta é a história do demónio Subaru, ou melhor, do demónio Sandokan. Ou será Sudoku? Na verdade, é a história do demónio Sucubu e de uma das suas "angelicais" vítimas. Uma comédia "sobrenatural", que data dos tempos da Bíblia e se prolonga até aos nossos dias, baseada na obra do dramaturgo e romancista Charles Busch, produzida e adaptada pela Companhia Teatral do Chiado. Com encenação de Juvenal Garcês e interpretações de Rita Lello, Simão Rubim, Manuel Mendes, João Carracedo, João Craveiro e Tobias Monteiro, a peça As Vampiras Lésbicas de Sodoma estreou-se ontem no Teatro-Estúdio Mário Viegas, em Lisboa.
No centro do enredo estão duas actrizes vampiras que se amam e odeiam, ao mesmo tempo, e que há dois mil anos disputam o estrelato. Em busca do sangue de jovens virgens, que lhes garanta a vida eterna, deixam a bíblica cidade de Sodoma e correm mundo, terminando a viagem por terras lusas. Sempre em ambientes onde reinam a inveja e a luxúria, passam pela Lisboa da Revista, e acabam, nos dias de hoje, na sala de ensaios de um "musical", em plena cidade do Porto. O espectáculo, que, nas palavras de Simão Rubim, um dos protagonistas, "ultrapassa a imaginação das pessoas", recorre a um extravagante guarda-roupa e a um humor que, apesar de "libertino" em muitos momentos, brinca com a actualidade portuguesa. Esta aproximação à realidade do país é, para o actor, uma forma de "chegar mais depressa ao público". A 33.ª produção da Companhia Teatral do Chiado é uma combinação do "pequeno delírio do teatro popular, o glamour decadente do mito de Hollywood e histórias de travestis", diz o encenador da peça.
À semelhança da obra original, apresentada por Charles Busch, em 1984, e que esteve em cena durante cinco anos, Simão Rubim considera que a adaptação de As Vampiras Lésbicas de Sodoma, traduzida por Gustavo Rubim, Patrícia Marques e Vítor d'Andrade, "poderá ser um grande êxito". Apesar das sucessivas alterações na data de estreia, justificadas pela procura de financiamentos ao espectáculo, através de digressões, a peça subiu finalmente ao palco e o intérprete espera que atinja o mesmo sucesso que As Obras Completas de William Shakespeare em 97 Minutos, há dez anos em cena.As vampiras andarão à solta no Teatro-Estúdio Mário Viegas, de terça-feira a domingo, até ao próximo dia 29, pelas 22.00. Neste espectáculo, não aconselhável a menores de 18 anos, os preços variam entre os 13,50 e os 18,50 euros. Proteja bem o pescoço.
1 comentário:
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