quinta-feira, novembro 24, 2005

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SUGESTÃO PARA PRENDA DE NATAL...mas não para mim que eu já tenho.
As personalidades artísticas não são muito frequentes. Artistas sim, mas personalidades… é outra coisa.
Personalidade nunca faltou a Simone de Oliveira. Um temperamento marcado pelo excesso: excesso de talento, de vontade, de querer. Excesso de expressão e paixão.
Iniciando bastante nova uma carreira de cantora, Simone revela ainda rapariga, uma intensidade interpretativa que imediatamente a distingue das restantes vozes femininas da época.
O seu reportório de cançonetista não foge, nesses primeiros anos de carreira, aos estereótipos criativos dos compositores consagrados da época. Desses tempos iniciais guardam-se vivas memórias de prémios e consagrações sucessivas. Mas Simone quererá sempre mais da sua arte. Por sua iniciativa vai procurar cada vez melhores compositores e letristas, aproximando-se assim de grandes nomes tais como: Ary dos Santos, Nazareth Fernandes, entre outros.
Simone de Oliveira consegue fazer história: história da música popular urbana mas também a história das mentalidades.
45 anos de uma vasta carreira marcada por festivais da canção, peças de teatro, musicais, programas de televisão e rádio, cinema, cerca de 80 títulos discográficos, digressões no estrangeiro e inúmeros espectáculos.
Gravado ao vivo no auditório do Fórum Cultural do Seixal, “Intimidades” traz-nos de novo a voz profunda de Simone de Oliveira num espectáculo apaixonante.
Biografia
O "Meu Nome é Simone", ou "Simone Me Confesso", podiam ser o seu Bilhete de Identidade, mas foi com a "Desfolhada" que se nos deu a conhecer e a Ary dos Santos.
As palavras cantadas e ditas, têm sido a sua arma e a sua alma.
Simone de Oliveira começou a cantar em 1957 no Centro de preparação de Artistas da Rádio da então Emissora Nacional e cedo se tornou numa das cantoras românticas mais queridas do público português.
Foi Rainha da Rádio em 1965, ganhou dois festivais da RTP da Canção (1965 e1969) com a consequente presença na Eurovisão, e participou em outros festivais internacionais (Rio de Janeiro 1966 e OTI - Argentina 1980).
Deu espectáculos por todo o mundo, pisou os palcos do Olympia (Paris), do Pala Sporting Clube de Monte Carlo (Mónaco), do Victoria Palace (Londres) e da Rádiotelevisão de Caracas (Venezuela).
Fez muito Teatro de revista, teatro musicado "Passa por Mim no Rossio" (1991) e "Maldita Cocaína" (1993), além de outros, várias comédias e drama - "O Tragédia da Rua das Flores" (1981) e passou ainda pelo Cinema - "Cântico Final" de Virgílio Ferreira, filme de Manuel Guimarães.
Quando, entre 1969 e 1972, um problema nas cordas vocais a impediu de cantar, Simone para sobreviver lançou mãos à escrita em Jornais e Revistas, e à Locução na Rádio e na Televisão. Nos anos 80 produziu o seu próprio programa na RTP - "Piano Bar" e até recentemente produziu também programas de rádio e na RTPI. Com uma Discografia invejável cerca de 80 títulos - trabalhou com os melhores Compositores, Autores e Poetas como - Eugénio de Andrade, David Mourão-Ferreira, Vasco de Lima Couto e José Carlos Ary dos Santos.
Com o desenvolvimento das Telenovelas em Portugal, Simone - actriz não podia deixar de estar presente. Assim, protagonizou Amélia Falcão em "Roseira Brava" (1995), Madalena Fragoso em "Vidas de Sal" (1996) e Paula Vieira em "Filhos do Vento" (1997).Mulher de múltiplos talentos, atravessou já Quatro Décadas de vida na ribalta, data na altura devidamente comemorada com a edição de um Duplo CD apresentado num espectáculo ao vivo na Aula Magna, e a publicação de uma foto-biografia por Rita Olivais. Simone de Oliveira - sempre fiel a si mesma, o que a faz ser amada por todas as gerações...

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