Camané é, indiscutivelmente, o maior nome do Fado, na actualidade. Fez o seu caminho tranquilamente, degrau em degrau, e venceu. Estimado e respeitado por todos.
Tem uma discografia sólida e uma panóplia de concertos memoráveis. É, aliás, ao vivo que se vê toda a magia e poder de Camané.
Este novo álbum - Do Amor e dos Dias -, tal como o anterior, não me enchem as medidas a cem por cento. Alguns poemas são fraquinhos e metidos a martelo nas melodias, tipico de José Mário Branco. Penso que era altura de esta longa parceria ter umas merecidas férias.
Mas o que agiganta, ainda mais, Camané é, nas suas actuações ao vivo, dar a volta completa e surpreender. Por isso não me chateia nada que não goste dos álbuns, pois sei que Camané ao vivo nunca desilude...
E foi o que aconteceu na noite de ontem, 07 de Outubro, no Centro Cultural de Belém. Apesar de muito agarrado ao papel, Camané presenteou a sala esgotada do CCB com uma bela e emotiva noite de fados, dos novos e dos antigos, com o seu trio de luxo de músicos: José Manuel Neto na guitarra portuguesa, Carlos Manuel Proença na viola e Carlos Bica no contrabaixo.
Espero agora os próximos concertos no São Luiz... Camané, sempre Camané e cada vez melhor nas actuações ao vivo...
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