domingo, fevereiro 10, 2008

Celeste Rodrigues actua no Concertgebouw Amesterdão dia 12



Celeste Rodrigues actua no Concertgebouw Amesterdão dia 12

A fadista Celeste Rodrigues actua terça-feira no Concertgebouw, em Amesterdão, e no dia seguinte na igreja de São Martinho em Martinikerk (Groningen), acompanhada por Ricardo Parreira (guitarra portuguesa), Miguel Monteiro (viola) e João Penedo (viola-baixo).

O alinhamento destes dois espectáculos será baseado no seu álbum «Fado Celeste», editado o ano passado na Holanda e ainda sem edição em Portugal.

O CD chega ainda este mês aos mercados escandinavo, francês e italiano, «sendo possível que venha a realizar outras actuações no estrangeiro», disse à Lusa a fadista.

«O público tem sido muito bom para mim, não me posso queixar», disse Celeste Rodrigues que se afirmou «muito contente por mais esta aventura».

«Fado Celeste» reúne fados tradicionais e inéditos com letras de autores contemporâneos.

«Para mim é muito importante o poema, e depois oiço o trinar das guitarras e acontece, mais não sei dizer, até porque não percebo nada de fado, o fado é para se sentir», sentenciou.

Celeste Rodrigues gravou três poemas de Helder Moutinho («gosto muito da forma como escreve», disse) e outro de Tiago Torres da Silva, autor do tema que dá título ao álbum.

«Gravei também um fado do Jorge Fernando, música e letra, de que gosto muito, 'Ouvi dizer que me esqueceste', e um do José Luís Gordo, que canto há muito tempo e é lindíssimo, 'O meu nome baila no vento'», afirmou.

Celeste Rodrigues, 84 anos e mais de meio século de carreira, afirmou que o seu sonho não era «ser artista», mas «gostava imenso de cantar no meio dos fadistas, não em público».

O ano passado a fadista foi homenageada pela Associação Portuguesa dos Amigos do Fado (APAF) no Museu do Fado, em Lisboa que lhe reconhecem «a voz bonita, capacidade interpretativa e a regularidade de uma carreira».

«A Celeste Rodrigues, com uma carreira de mais de 50 anos, está a cantar melhor do que alguma vez cantou, com uma voz muito bonita e uma capacidade interpretativa extraordinária», afirmou à Lusa a presidente da APAF, Julieta Estrela de Castro.

A sua carreira começou em 1945 quando o empresário de espectáculos José Miguel a ouviu cantar «numa roda de amigos» e a contratou imediatamente para o Café Casablanca, em Lisboa (actual Teatro ABC).

Já actuou nos mais variados palcos nacionais e internacionais, além de uma presença constante nas casas de fado, designadamente A Viela, Parreirinha de Alfama, O Embuçado, Bacalhau de Molho e Casa de Linhares.

Entre os seus êxitos refiram-se «A lenda das algas» (Laierte Neves/Jaime Mendes), e «Saudade vai-te embora» (Júlio de Sousa).

Diário Digital / Lusa

09-02-2008 10:49:00
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