APELO À POESIA
Por que vieste? - Não chamei por ti!
Era tão natural o que eu pensava
(Nem triste nem alegre, de maneira
Que pudesse sentir a tua falta...)
E tu vieste
Como se fosses necessária!
Poesia! nunca mais venhas assim:
Pé-ante-pé, cobardemente oculta
Nas ideias mais simples,
Nos mais ingénuos sentimentos:
Um sorriso, um olhar, uma lembrança...
- Não sejas como o Amor!
É verdade que vens como se fosses
Uma parte de mim que vive longe,
Presa ao meu coração
Por um elo invisível;
Mas não regresses mais sem que eu te chame
- Não sejas como a Saudade!
De súbito, arrebatas-me, através
De zonas espectrais, de ignotos climas;
E, quando desço à vida, já não sei
Onde era o meu lugar.
Poesia! nunca mais venhas assim
- Não sejas como a Loucura!
Embora a dor me fira, de tal modo
Que só as tuas mãos saibam curar-me,
Ou ninguém, senão tu, possa entender
O meu contentamento,
Não venhas nunca mais sem que eu te chame
- Não sejas como a Morte!
Era tão natural o que eu pensava
(Nem triste nem alegre, de maneira
Que pudesse sentir a tua falta...)
E tu vieste
Como se fosses necessária!
Poesia! nunca mais venhas assim:
Pé-ante-pé, cobardemente oculta
Nas ideias mais simples,
Nos mais ingénuos sentimentos:
Um sorriso, um olhar, uma lembrança...
- Não sejas como o Amor!
É verdade que vens como se fosses
Uma parte de mim que vive longe,
Presa ao meu coração
Por um elo invisível;
Mas não regresses mais sem que eu te chame
- Não sejas como a Saudade!
De súbito, arrebatas-me, através
De zonas espectrais, de ignotos climas;
E, quando desço à vida, já não sei
Onde era o meu lugar.
Poesia! nunca mais venhas assim
- Não sejas como a Loucura!
Embora a dor me fira, de tal modo
Que só as tuas mãos saibam curar-me,
Ou ninguém, senão tu, possa entender
O meu contentamento,
Não venhas nunca mais sem que eu te chame
- Não sejas como a Morte!
1 comentário:
Muito obrigada pela visita! Também virei cá mais vezes e farei um comentário como deve ser :)
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