Inspirado pelo documentário recentemente passado na RTP2 sobre Wislava
Szymborska, prémio Nobel da Literatura de 1996 e de quem pouco ou nada
conhecia, resolvi colmatar a minha ignorância e comprar um livrinho com
alguma da sua poesia.
Deixo aqui este, inspirado naquele que era o quadro da vida da poetisa: Rapariga com jarro de leite, 1658-60, de Vermeer.
Vermeer
Enquanto esta mulher do Rijksmuseum,
em quietude pintada e concentração,
dia após dia, não verter o leite
do jarro para a vasilha,
o Mundo não merece
o fim do mundo.
Wislava Szymborska
Deixo aqui este, inspirado naquele que era o quadro da vida da poetisa: Rapariga com jarro de leite, 1658-60, de Vermeer.
Vermeer
Enquanto esta mulher do Rijksmuseum,
em quietude pintada e concentração,
dia após dia, não verter o leite
do jarro para a vasilha,
o Mundo não merece
o fim do mundo.
Wislava Szymborska
1 comentário:
Concordo com o "post" no que respeita ao desempenho de João Perry e quanto à questão da sua dicção.
As demais performances foram francamente fracas o que, de todo, não ajuda à peça.
A peça em si é acentuadamente ambígua e só um desempenho capaz de traduzir essa ambiguidade lhe faria justiça (a decisão da Ruth, se manifestação de poder ou como submissão pareceu-me ser a essência da coisa, todavia, a actriz não conseguiu, na minha opinião, dar-lhe a expressividade necessária).
Também as demais performances não foram capazes de transmitir com alma a "selvajaria" em que se traduzia a dinâmica familiar e boçalidade dos mesmos.
A encenação é banal e o ritmo demasiado lento.
Por fim, haverá uma certa datação da narrativa que certamente nos idos de 60 seria verdadeiramente fracturante pela temática sexual subjacente e que hoje poderá não ter tanta expressividade junto do público.
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