Fadista
Maria da Fé distinguida com a Medalha de Ouro da Cidade de Lisboa nos seus 50 anos de carreira
A Câmara de Lisboa decidiu distinguir a fadista Maria da Fé, a celebrar 50 anos de carreira, com a Medalha de Ouro da Cidade, disse fonte autárquica
A fadista realizará em Junho, dias 25 e 26, dois espectáculos celebrativos do seu cinquentenário artístico, respectivamente em Lisboa e no Porto.
A fadista afirmou-se «muito satisfeita e honrada». «É sempre um momento gratificante, até como portuense que sou é um orgulho»,disse Maria da Fé que acrescentou ser até «quase um reconhecimento como alfacinha».
Actualmente a residir no bairro lisboeta da Madragoa, tendo a sua casa de fados «paredes-meias com a Lapa», a criadora de Cantarei até que a voz me doa (José Luís Gordo/Fontes Rocha) vive na capital desde 1961.
A fadista afirmou guardar «gratas recordações» de uma carreira que começou no Porto, de onde é natural, e que a levou a pisar «os mais importantes palcos do mundo».
A intérprete de Sem fé (Frederico de Brito) afirmou ter sempre pugnado «pela dignificação do fado». «Vivi só para o fado», frisou.
Maria da Fé candidatou-se com 14 anos ao concurso ‘Rainha das cantadeiras’, mas não foi apurada por ser menor de idade. Venceria este concurso no ano seguinte, e aos 17 anos, depois de ter realizado digressões com Amália Rodrigues pelo Norte do país, instalou-se em Lisboa.
Na capital integrou o elenco da prestigiada Adega Machado, e posteriormente da Parreirinha de Alfama, de Argentina Santos, tendo sido das primeiras fadistas a actuar no Casino Estoril.
Maria da Fé foi a primeira fadista a concorrer a um Festival RTP da Canção, em 1969, com Vento do Norte (Francisco Nicholson/António Braga dos Santos).
A sua primeira saída ao estrangeiro, recordou a fadista, foi em finais da década de 1960, «para actuar numa associação recreativa» em Newark (Nova Jérsia), Estados Unidos.
Deste então pisou «todos os mais importantes palcos», sem esquecer detalhes e guardando «gratas memórias» de alguns, nomeadamente os brasileiros.
A criadora de Obrigado, meu Deus obrigado (José Luís Gordo/Fontes Rocha), considera-se de um tempo «em que era ainda difícil actuar no estrangeiro, levar o fado para fora».
Reconhece que hoje «é mais fácil», mas salientou o seu papel, e o de outros fadistas, designadamente Amália Rodrigues, Carlos do Carmo e Fernando Machado Soares, na divulgação da canção nacional além fronteiras.
A criadora de Já sei meu amor, já sei (F. Radamanto/Casimiro Ramos), recebeu em 2005 a Medalha de Mérito Cultura do Ministério da Cultura e no ano seguinte o Prémio Amália Rodrigues para a Melhor Intérprete.
«Vivi só para o fado e a minha casa de fados é exemplo disso. Aqui canto todas as noites, mas todas as noites são diferentes. Nascemos com este condão, mas há que trabalhar todos os dias, há que burilar o estilo e forma de cantar» , afirmou a fadista, que ao longo da sua carreira mereceu várias outras distinções, como o Prémio da Imprensa, em 1970, e Medalha de Ouro da Cidade do Porto.
Lusa / SOL
Maria da Fé distinguida com a Medalha de Ouro da Cidade de Lisboa nos seus 50 anos de carreira
A Câmara de Lisboa decidiu distinguir a fadista Maria da Fé, a celebrar 50 anos de carreira, com a Medalha de Ouro da Cidade, disse fonte autárquica
A fadista realizará em Junho, dias 25 e 26, dois espectáculos celebrativos do seu cinquentenário artístico, respectivamente em Lisboa e no Porto.
A fadista afirmou-se «muito satisfeita e honrada». «É sempre um momento gratificante, até como portuense que sou é um orgulho»,disse Maria da Fé que acrescentou ser até «quase um reconhecimento como alfacinha».
Actualmente a residir no bairro lisboeta da Madragoa, tendo a sua casa de fados «paredes-meias com a Lapa», a criadora de Cantarei até que a voz me doa (José Luís Gordo/Fontes Rocha) vive na capital desde 1961.
A fadista afirmou guardar «gratas recordações» de uma carreira que começou no Porto, de onde é natural, e que a levou a pisar «os mais importantes palcos do mundo».
A intérprete de Sem fé (Frederico de Brito) afirmou ter sempre pugnado «pela dignificação do fado». «Vivi só para o fado», frisou.
Maria da Fé candidatou-se com 14 anos ao concurso ‘Rainha das cantadeiras’, mas não foi apurada por ser menor de idade. Venceria este concurso no ano seguinte, e aos 17 anos, depois de ter realizado digressões com Amália Rodrigues pelo Norte do país, instalou-se em Lisboa.
Na capital integrou o elenco da prestigiada Adega Machado, e posteriormente da Parreirinha de Alfama, de Argentina Santos, tendo sido das primeiras fadistas a actuar no Casino Estoril.
Maria da Fé foi a primeira fadista a concorrer a um Festival RTP da Canção, em 1969, com Vento do Norte (Francisco Nicholson/António Braga dos Santos).
A sua primeira saída ao estrangeiro, recordou a fadista, foi em finais da década de 1960, «para actuar numa associação recreativa» em Newark (Nova Jérsia), Estados Unidos.
Deste então pisou «todos os mais importantes palcos», sem esquecer detalhes e guardando «gratas memórias» de alguns, nomeadamente os brasileiros.
A criadora de Obrigado, meu Deus obrigado (José Luís Gordo/Fontes Rocha), considera-se de um tempo «em que era ainda difícil actuar no estrangeiro, levar o fado para fora».
Reconhece que hoje «é mais fácil», mas salientou o seu papel, e o de outros fadistas, designadamente Amália Rodrigues, Carlos do Carmo e Fernando Machado Soares, na divulgação da canção nacional além fronteiras.
A criadora de Já sei meu amor, já sei (F. Radamanto/Casimiro Ramos), recebeu em 2005 a Medalha de Mérito Cultura do Ministério da Cultura e no ano seguinte o Prémio Amália Rodrigues para a Melhor Intérprete.
«Vivi só para o fado e a minha casa de fados é exemplo disso. Aqui canto todas as noites, mas todas as noites são diferentes. Nascemos com este condão, mas há que trabalhar todos os dias, há que burilar o estilo e forma de cantar» , afirmou a fadista, que ao longo da sua carreira mereceu várias outras distinções, como o Prémio da Imprensa, em 1970, e Medalha de Ouro da Cidade do Porto.
Lusa / SOL
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